quarta-feira, 19 de novembro de 2008

"Medicação e Terapia"


Assim como muitos psiquiatras indicam a psicoterapia como complementar no tratamento de diversas patologias, julgo muitas vezes que é de extrema importância o tratamento médico como complemento do processo terapêutico. Aquela velha "picuinha" entre médicos e psicólogos diminui a cada dia, graças a Deus! Cada vez mais os profissionais de saúde enxergam o paciente na totalidade e isso ajuda deveras na promoção da cura e do bem-estar.

Há tempos atrás, era muito comum encontrar psicólogos falando mal do uso da medicação. Há tempos atrás, era muito comum médicos psiquiatras menosprezando o poder reestruturador da psicoterapia. O que mudou foi que cada um saiu de seu status de suprema sabedoria e começou a perceber que, em muitos casos, a combinação "remédio-conversa" era completamente positiva.

A formação em psicofarmacologia e neuropsicologia aumentou, assim como o interesse médico pelas questões terapêuticas expandiu-se consideravelmente. O que antes era cindido, passou a ser complementar.

Hoje, qualquer profissional de psicologia clínica que seja atuante considera imprescindível a avaliação médica em muitas patologias e o uso de medicação, pois compreende com mais facilidade e propriedade que o corpo possui necessidades químicas que nenhuma sessão terapêutica pode fornecer. Da mesma forma, os profissionais da medicina compreendem que a necessidade química é facilmente suprida pelo medicamento, mas que as questões cognitivas e afetivas só podem ser reorganizadas e tratadas no consultório psicológico.

É importante salientar que o casamento entre psicologia e medicina é algo que deve ser anunciado nos consultórios, pois muitas vezes, o receio inicial parte do próprio paciente. É comum que o medo em tornar-se "viciado" na medicação seja relatado para o psicólogo. É também comum que a idéia de que a psicoterapia seja paliativa surja na sessão com o psiquiatra. Este tipo de equívoco só pode ser solucionado a partir da elucidação de dúvidas e promoção,acima de tudo, do ideal de saúde. Desta forma, o paciente ganha em bem-estar e os profissionais em experiências compartilhadas.

É importante lembrar que somos formados por pensamentos e sentimentos, mas também por um corpo físico que faz com que estejamos vivos. Não há como separar. Por isso, a visão holística que a união das ciências propicia é fundamental para compreendermos o homem em sua totalidade.

Luz e Paz!

Um comentário:

  1. Texto que elucida de maneira muito interessante a questão dos medicamentos. Sabemos que em alguns casos somente o casamento entre essas duas ciências pode trazer qualidade para que o paciente possa transcender de maneira mais eficaz o seu processo e consequentemente conquistar a sua cura. SE há os que temem tomar remédios, há os que não vivem sem eles... Equilíbrio, eis a melhor solução...

    Valeu!
    Bjs
    Débora

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