
É quase unânime a opinião de que cada vez mais os relacionamentos estão sendo descartáveis. Não só os amorosos, mas qualquer relação que envolva um pouco mais dedicação e intimidade, como uma amizade, por exemplo, é facilmente substituída quando algum embate é criado.
Sociedade de consumo, banalização de valores familiares, busca pela transgressão de uma geração: não importa o motivo, o que importa mesmo é que as pessoas sofrem com as consequências desta falta de vínculo com as outras.
Podemos pensar em como é solitário não envolver-se verdadeiramente, em como a auto-estima vai sendo, aos poucos, minada com tantas relações frustradas e em como as pessoas passaram a ser muito mais egoístas ao invés de amáveis e solidárias. Como num sistema circular, as pessoas são tratadas desta forma e tratam as outras assim.
Cada vez mais, a busca pela relação perfeita evidencia que alguma coisa está errada, pois o outro tem que existir somente para atender às minhas próprias exigências e padrões pessoais. Cada vez que me deparo com um defeito, descarto e parto para outra relação ao invés de tentar salvar aquela. E assim, no jogo do conquista-descarta, as pessoas cuidam menos de si, pois estão muito mais preocupadas com o “lado de fora”. A culpa é sempre do outro e é mais fácil correr atrás de um novo amor ou de um novo amigo.
A partir do momento em que nos compenetrarmos de que numa relação é preciso que aconteça dedicação, as coisas certamente começarão a descomplicar. É impossível construir uma história sólida e verdadeira com o outro se não nos doarmos, se não abandonarmos um pouquinho o nosso egoísmo para ouvir “o lado de lá”.
E é assim que se relaciona: se arriscando, se dedicando, dando o máximo de si. Se ainda assim não der certo, então, pelo menos, fica a sensação de dever cumprido e a esperança de que na próxima, tudo pode melhorar!
Luz e Paz!
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