
Em todo início de processo terapêutico tem uma coisa essencial que deve acontecer: a apropriação dos próprios problemas pelo paciente. É como se ele olhasse para o emaranhado de coisas confusas em sua vida e pudesse dizer: "Sim. É isso mesmo. Estou com problemas. Quero resolvê-los!". Sem esta tomada de decisão, as coisas caminham muito devagar e prejudicam a recuperação do controle pessoal.
É importante dizer que apropriar-se não significa apegar-se. Não significa acomodar-se, nem tão pouco conviver com os problemas de forma insalubre. Apropriar-se é constatar que aquilo lhe pertence. E a partir do momento em que possuímos nossos problemas aprendemos que eles não podem mais nos possuir. Assumimos o controle sobre tudo aquilo que até então nos controlava de forma desenfreada.
A caminhada até a sala do terapeuta é uma ato de coragem, já falamos disso. E a apropriação, num segundo momento, multiplica este ato por cem. Ao adotar a postura de enfrentamento, o paciente recupera sua auto-estima, constrói estratégias para sair do problema e inicia um diálogo interno que o acompanhará para sempre.
A apropriação acontece em muitos outros setores da vida. Não só com os problemas. Há quem não consiga apropriar-se das coisas boas que acontecem. Por isso é essencial que a auto-consciência e a pré-disposição para a mudança estejam ativadas para que possamos exercer com assertividade as diversas apropriações que nos são exigidas diariamente.
Luz e Paz!
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