terça-feira, 9 de dezembro de 2008

"Memória e Olfato"




Sabe aquele aroma que lembra a infância? Ou aquele que nos remete ao primeiro encontro com nosso grande amor? Pois bem... quando nosso olfato é ativado pelo odor semelhante ao sentido anteriormente, automaticamente fazemos uma viagem ao passado. Mas por que isso acontece?



O olfato é o sentido humano mais relacionado à memória. E isso não é mágica. Completamente ligado ao sistema límbico (incluindo sobretudo o hipocampo e a amígdala cerebral) responsáveis respectivamente pela aprendizagem associativa e emoção, o olfato, quando ativado pela percepção de um estímulo externo, automaticamente associa o aroma a uma experiência passada. Como num processo de condicionamento, toda vez que você sentir, por exemplo, o cheirinho de bolo saindo do forno se lembrará das tardes de infância na casa da vovó. O olfato ativa quase que instantaneamente as lembranças, fazendo com que num simples respirar passemos muitas e muitas vezes por uma experiência que já aconteceu.



Muitas pessoas mantém uma relação íntima com os aromas e quase sempre muito positivas. Há quem não troque de perfume nunca. Há quem estabeleça uma relação completamente sensitiva com algum prato preferido, sobretudo pelo "cheirinho" que ele exala ao ser preparado.



Sabemos que a atração pela outra pessoa também acontece pelo cheiro. De forma menos direta e explícita, as pessoas se apaixonam pelo aroma que o outro exala.



Mas não só de perfumes é feito o olfato. Odores desagradáveis também são associados a eventos desagradáveis. E o que as pesquisas mostram é que, muito mais do que acontece com os bons aromas, um número maior de pessoas associa o cheiro ruim ao mesmo tipo de experiência negativa. A singularidade olfativa, deste modo, está muito mais associada às boas experiências do que às más.


A experiência dos aromas é vivenciada muito mais empiricamente e menos racionalmente. Entretanto, muitas pessoas passaram a utilizar o conhecimento da ligação entre olfato e memória para a otimização da função. Através de condicionamentos através de aromas, a memória pode ser exercitada de maneira surpreendente. Assim, unindo-se o agradável ao útil, as pessoas passam a explorar as funções cerebrais a fim de obter melhores resultados em provas e trabalhos que exigem maior esforço cognitivo e memorização.



A ampliação dos estudos em aromaterapia também agrega pontos favoráveis à saúde. Aromas são cada vez mais utilizados para baixar níveis de ansiedade, estimular o indivíduo à ação num quadro depressivo, controlar ataques de pânico, etc. Tudo isso por estar, como já vimos, o olfato intimamente ligado à região cerebral que controla as emoções.



Assim, munidos deste conhecimento, podemos potencializar nossa relação com os aromas positivos, fazendo com que nossa qualidade de vida seja cada vez maior.



Luz e Paz! E perfume!

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