domingo, 23 de fevereiro de 2014

5 sinais que mostram que você está exagerando no mundo virtual!


 Na onda das listas sobre características auto-identificáveis que evidenciam comportamentos- padrão resolvi falar sobre os cinco sinais que mostram que você está exagerando no mundo virtual!
Num mundo tecnológico e, mais do que isso, que segue a máxima de que produtividade está acima de tudo e de que tempo é dinheiro, habituamo-nos a navegar com mais frequência num mundo virtual que acaba com distâncias, burocracias, mas também com a vida social real. E é aí que mora o perigo... Se identificar com alguns destes itens seguintes já aciona um alarme vermelho importante...
 
 


Utilizar o e-mail como principal canal de comunicação.

Não há nada de mais em documentar contratos e acordos de trabalho através desta ferramenta tão eficiente. No entanto, com a desculpa de ser “menos invasivo” o e-mail acabou representando um canal de comunicação avançado também nas relações não profissionais. O arroba (@) há tempos deixou de ser comercial e passou a ser também social. Existem casais que discutem a relação através de longos e-mails. É como um retrocesso na forma de se comunicar: corresponder-se por e-mails é retornar ao tempo das longas cartas de amor, há  séculos passados, com a diferença de que o conteúdo tem mais a ver com cobranças do que com declarações românticas. Um problema entre duas pessoas só pode ser bem resolvido através do diálogo real: direto, olhos nos olhos, ouvindo palavras e tons proferidos.

Não sobreviver sem um smartphone

Em épocas de SMS, redes sociais, Instagram e Whatsapp quem não tem um celular é analfabeto. Sim, um bug em uma dessas redes de comunicação pode colocar uma multidão em abstinência de forma devastadora! Hoje, privar um ser humano de um celular significa mais do que acabar com a água do planeta, energia elétrica ou arrancar um braço do indivíduo! É claro que as vantagens de um smartphone são incontáveis e que, de fato, nos causam grandes privilégios e comodidades, mas lembrar-se que há menos de vinte anos vivíamos muito bem sem isso pode nos ajudar a ficar menos dependentes desses aparelhos adoráveis. Como uma calculadora que limita nosso raciocínio lógico-matemático natural o uso desses celulares também influencia no desenvolvimento e manutenção de diversas inteligências. Pensar mais que seu celular poderá te ajudar em muitas situações importantes! Pense nisso!

Viver a vida real só para ter uma vida virtual

Até bem pouco tempo atrás as pessoas viviam suas vidas reais. Simples assim. Relacionavam-se, se divertiam, compravam coisas, vendiam outras, viajavam, começavam e acabavam casamentos, se alimentavam, tudo isso anonimamente. Os outros só sabiam da vida das pessoas se estas contassem, ali, téte-a-téte, numa conversa, ou se uma vizinha fofoqueira daquelas que ficam na janela passasse a informação pra frente. Vivemos hoje uma queda no que se convencionou chamar de vida privada: não há mais prazer em se ter uma vida anônima, secreta, especial. As pessoas planejam sua vida real de tal forma que sua vida virtual seja interessante, luminosa, bem sucedida e invejável. Uma vida editada na realidade. Tudo é milimetricamente planejado para que fotos sejam tiradas, comentários sejam feitos, pessoas sejam indiretamente atingidas. E o melhor: de uma forma tão comum, tão normal, tão massificada que ninguém mais lembra que funciona assim! É como um universo paralelo, um alter-ego, um lugar onde cada um escolhe o que quer que aconteça. Torna-se um problema quando na vida real acontecem coisas inesperadas, não editáveis e que geram grandes traumas para uma vida virtual perfeita. Talvez por isso a ansiedade continue sendo a doença do século, não é mesmo?

Consumir sem sair de casa

É incrível como a tecnologia nos levou a um episódio dos “Jetsons” (se você tem menos de 30 anos, aproveite o tema e vá até o Wikipedia!) num estalar de dedos! “Ganhar tempo” foi o principal mote para o boom das compras pela internet! No entanto, aquilo que nos serviria se tornou nosso capitão do mato! Hoje, o consumo excessivo é um dos principais problemas nos orçamentos domésticos e familiares. Compramos muito, sem discernimento, sem controle e o pior, ensinamos nossas crianças a serem da mesma forma.

Comprar pela internet nos dá a sensação de satisfação instantânea e sem culpa. É uma experiência quase sempre solitária. Nos shoppings teremos os olhares das vendedoras desconfiando do nosso limite de cartão de crédito, das outras pessoas nos corredores contando o número de sacolas que estamos carregando e ainda, ao chegar em casa, teremos os malabarismos para esconder das pessoas tudo o que foi comprado na “super liquidação”, não é mesmo?

O problema acontece mesmo quando a fatura do cartão chega. A culpa que não aconteceu lá atrás vem como um tsunami, mas vai embora logo, pois no mês seguinte começa tudo de novo. Comprar já é um comportamento que pode se tornar compulsivo muito rapidamente, pois somos estimulados a isso. Comprar pela internet torna a questão ainda mais frágil. Mesmo sem tendências ao excesso, qualquer um pode cair nessa perigosa teia! Mas, vale lembrar que disciplina e foco podem tornar este hábito um fator de grande economia: quando compramos virtualmente, temos a chance de colocar e tirar itens de nosso “carrinho”, o que facilita no controle do orçamento!

Facilitar as coisas através das pesquisas virtuais

Quem nunca usou as ferramentas de busca que atire a primeira Barsa! Sim, todos nós estamos mais do que habituados a buscar qualquer coisa no Google. A ferramenta se tornou tão famosa que os americanos criaram um verbo a partir do nome da empresa para designar o ato de buscar informações virtualmente!

De todos os usos possíveis e positivos que a tecnologia e virtualidade nos proporcionam, o de ter informações instantâneas e úteis é, sem sombra de dúvida, um dos melhores!

A questão está no uso que se faz, aliás, como todos os itens aqui relacionados. Crianças e adolescentes, em pleno processo de desenvolvimento e aprendizagem funcional perdem o interesse pela pesquisa aprofundada e consequentemente pelo gosto da leitura simplesmente por terem a sua disposição um “professor sabe-tudo” 24 horas por dia! Nós, adultos, também nos acostumamos com alguém pensando por nós! O mais interessante – e preocupante – é que esses mecanismos de busca acabam engessando a forma de pensar! Para informações objetivas e matemáticas, precisão e afirmativas são sempre bem-vindas. No entanto, quando falamos de subjetividade e de questões filosóficas e humanas, ter uma resposta pronta pode nos tornar indivíduos limitados. Sim, o ministério do livre-pensar adverte: utilizar ferramentas de busca pode emburrecer o indivíduo! Busque, mas também questione!

 Como tudo na vida, moderação! O mundo virtual acaba representando a possibilidade de nossos conteúdos inconscientes ganharem forma e vida e é por isso que se torna tão atraente e ilusoriamente libertador! Melhor que sonhar é viver e, para isso, a consciência é nossa melhor aliada!
Luz e paz, meus queridos!

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